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(pt) France, OCL CA #352 - "A Fábrica do Progresso: Cientificismo, Sistema Tecnológico e Capitalismo Verde" por A. Guerber - Atelier de Création Libertaire - 2023 (ca, de, en, fr, it, tr)[traduccion automatica]
Date
Tue, 9 Sep 2025 07:44:22 +0300
Este livro, escrito por um médico libertário de Lyon, opõe-se à visão
dominante, acrítica e idealizada da ciência e do desenvolvimento
tecnológico. Estamos revisando esta obra porque ela discute o mundo
atual e o desenvolvimento tecnocientífico que estamos vivenciando a
partir de uma perspectiva libertária e emancipatória. O livro é rico em
desenvolvimentos analíticos e políticos, ilustrados por exemplos e
análises históricas relevantes. Nossa resenha concentra-se na tese
central e, portanto, é apenas muito fragmentária em sua análise desta
obra rica e densa.
Crítica da Ciência
A primeira parte do livro oferece uma crítica da ciência. Ela se refere
a conceitos que podem ser complexos para aqueles que nunca se
aprofundaram na filosofia da ciência, mas nos parece muito relevante
porque o que ela apresenta enfraquece de certa forma a ideia de uma
ciência sem problemas. Ela denuncia a pretensão de objetividade e
universalidade sistematicamente atribuída ao conhecimento científico sob
o pretexto de uma "metodologia científica" idealizada.
Além disso, os cientistas não estão imunes ao determinismo ideológico
que embasa suas teorias. Em suma, a ciência é apenas "uma ferramenta
imperfeita para descrever uma determinada faceta da realidade" e "não é
o único método aceitável para abordar um problema na sociedade".
O autor então retorna à história da ciência com inúmeros exemplos
ilustrativos, lembrando que o conhecimento científico é fruto de uma
história coletiva e popular[1]. Para ele, o mundo atual restringe o
escopo do conhecimento científico porque este é orientado exclusivamente
para aplicações, com o objetivo de rentabilidade econômica, enquanto o
desenvolvimento do conhecimento requer um pluralismo de pensamento.
Crítica da Tecnologia
Como a ciência atual é orientada para a tecnologia, o autor desenvolve
uma crítica radical muito interessante e abrangente desta última. São
essencialmente os interesses econômicos e políticos da classe dominante
que orientam o desenvolvimento tecnológico. Em essência, esta seção
busca, acima de tudo, mostrar que a tecnologia não é neutra porque nos
invade e molda a prática social.
A partir daí, ele elabora longamente sobre o sistema técnico: cada
tecnologia não é autônoma porque se desenvolve com base em tecnologias
anteriores. Toda inovação técnica gera problemas que somente uma
resposta técnica pode resolver, criando um mecanismo de autogeração e
autocrescimento de tecnologias que nos aliena. Um desenvolvimento
importante e relevante é feito a partir dessa perspectiva sobre
tecnologia digital e IA.
Em conclusão, ele ecoa Ivan Illich que, longe de rejeitar toda
tecnologia, considera que apenas aquelas que atendem a três requisitos
são aceitáveis: geram eficiência sem degradar a autonomia pessoal, não
criam escravos nem senhores e expandem o escopo da ação pessoal.
Crítica da Ecologia Convencional
A parte final do livro concentra-se em uma crítica às tendências
ecológicas atuais que defendem o centralismo estatal, o controle
político e o solucionismo tecnológico (ele discorda de Murray Bookchin
neste último aspecto). Esta seção é importante; destacamos apenas alguns
aspectos centrais, sem relatar todos os desenvolvimentos políticos e
filosóficos. Em conexão com a primeira parte, destaca as limitações dos
modelos promovidos pelo IPCC, que são altamente fragmentados e
politicamente orientados, pois se concentram principalmente no
aquecimento global e nas emissões de CO2[2], permitindo que a energia
nuclear seja apresentada como uma solução ecológica. Acima de tudo, a
luta contra o aquecimento global relega os indivíduos à condição de
participantes passivos e culpados, impotentes e incompetentes em
"questões de especialistas", permitindo a monopolização tecnocrática do
debate, sem jamais questionar a organização social vigente. Em última
análise, o autor propõe uma perspectiva libertária radical: a
necessidade de uma revolução social, única maneira de superar o
capitalismo, a ordem política e o sistema tecnológico associado. Em
contraste com o mundo atual, ele defende uma escolha coletiva de nossas
ferramentas tecnológicas.
Conclusão
Este livro é muito interessante em sua ambição de fornecer uma discussão
aprofundada da tecnociência a partir de uma perspectiva crítica do mundo
social atual. É rico em discussões filosóficas e políticas, bem como em
críticas à ciência e à tecnologia raramente abordadas. No entanto, isso
cria duas limitações, em nossa opinião:
1/ O livro é denso e pode parecer complicado de ler para quem não tem
uma sólida formação teórica (filosofia da ciência, política, etc.);
2/ Algumas posições do autor merecem discussão crítica. Entre outras
coisas, mas não apenas[3], ele se posiciona no início do livro entre o
cientificismo e o pós-modernismo (este último rejeitando qualquer
legitimidade da ciência, que se diz nada mais ser do que o produto de
uma construção social desvinculada de qualquer conhecimento objetivo),
mas por vezes encontramos neste livro deslocamentos próximos a um
relativismo radical crítico do racionalismo.
Dito isso, este livro é muito estimulante politicamente, mesmo nesses
aspectos potencialmente questionáveis, porque eles nunca são
caricaturados e sempre bem argumentados. Acima de tudo, nos leva a
questionar discursos e práticas que muitas vezes parecem autoevidentes
na esfera pública, particularmente no que diz respeito ao
desenvolvimento tecnológico, com uma perspectiva crítica aprofundada
sobre esse desenvolvimento como um sistema que vai muito além das
críticas usuais, muitas vezes superficiais ou fragmentárias, mesmo entre
anarquistas: não é esta ou aquela tecnologia que deve ser denunciada,
mas sim o sistema técnico associado ao capitalismo contemporâneo.
RV
P.S.
Este livro recebeu o Prêmio Jacques Ellul de 2025, concedido pela
Associação Internacional Jacques Ellul.
Notas
[1]Baseando-se, entre outras coisas, na excelente obra "História Popular
da Ciência", de D. Clifford.
[2]A crítica política ao IPCC é apresentada; outra muito pertinente pode
ser encontrada no livro "Ecologia, Lutas Sociais e Revolução", de Daniel
Tanuro (La Dispute, 2024).
[3]O autor critica o marxismo em vários pontos, às vezes de forma
bastante simplista.
http://oclibertaire.lautre.net/spip.php?article4499
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