|
A - I n f o s
|
|
a multi-lingual news service by, for, and about anarchists
**
News in all languages
Last 40 posts (Homepage)
Last two
weeks' posts
Our
archives of old posts
The last 100 posts, according
to language
Greek_
中文 Chinese_
Castellano_
Catalan_
Deutsch_
Nederlands_
English_
Français_
Italiano_
Polski_
Português_
Russkyi_
Suomi_
Svenska_
Türkçe_
_The.Supplement
The First Few Lines of The Last 10 posts in:
Castellano_
Deutsch_
Nederlands_
English_
Français_
Italiano_
Polski_
Português_
Russkyi_
Suomi_
Svenska_
Türkçe_
First few lines of all posts of last 24 hours |
of past 30 days |
of 2002 |
of 2003 |
of 2004 |
of 2005 |
of 2006 |
of 2007 |
of 2008 |
of 2009 |
of 2010 |
of 2011 |
of 2012 |
of 2013 |
of 2014 |
of 2015 |
of 2016 |
of 2017 |
of 2018 |
of 2019 |
of 2020 |
of 2021 |
of 2022 |
of 2023 |
of 2024 |
of 2025
Syndication Of A-Infos - including
RDF - How to Syndicate A-Infos
Subscribe to the a-infos newsgroups
(pt) Italy, FAI, Umanita Nova #19-25 - Aventureirismo do referendo. Só a luta decide (ca, de, en, it, tr)[traduccion automatica]
Date
Thu, 7 Aug 2025 08:54:13 +0300
O destino das últimas cinco questões do referendo já estava escrito após
a decisão do Tribunal Constitucional - em janeiro de 2025 - que
considerou inadmissível o pedido de referendo visando abolir a chamada
autonomia diferenciada imposta pelo governo Meloni ao país, deixando os
demais à deriva. Essa deriva se materializou com o resultado, de
significado inequívoco, de segunda-feira, 9. ---- A controvérsia
política não demorou a se desenvolver, como é óbvio. Por parte da
direita e de seu governo, foi mais do que esperado, mesmo em seus tons
mais vulgares - mesmo que talvez devessem levar em consideração o fato
de que os mais de 12 milhões de votos "Sim" equivalem, na verdade, aos
12,5 milhões que, nas eleições passadas, levaram Meloni ao Palazzo Chigi.
Era também esperado por aqueles que se autodenominam "reformistas" como
Gori e Picierno ou "liberais-liberais" como Renzi e Calenda, prontos
para imediatamente se manifestar contra a atual liderança do Partido
Democrata, culpados, em sua opinião, de serem muito frios em relação ao
"rearmamento", de apoiar as guerras em curso tanto pela Ucrânia quanto
por Israel e, acima de tudo, de se subordinarem às políticas de Landini
e Conte. Culpados, sobretudo, de continuar a desenvolver, com o chamado
"amplo campo", um projeto de coalizão com o Movimento 5 Estrelas e a
Aliança da Esquerda Verde, sem ter controle total sobre ele para
forçá-lo a fazer escolhas mais "responsáveis" e mais alinhadas com os
centristas europeus. Não é por acaso que a direita e os reformistas
imediatamente gritaram sem parar, proclamando a morte do "amplo campo" e
exigindo em alto e bom som a renúncia de Landini da liderança da CGIL.
Obviamente, nenhuma das opções será dada, tanto porque não há
alternativas a Landini um ano após a renovação do cargo quanto porque os
números, habilmente manipulados, dos votos "Sim" jogam a favor de
Schlein contra a minoria interna. As declarações de ambos, como as de
Conte, Bonelli e Fratoianni, vão em uma direção completamente diferente,
também forte nos bons resultados nas eleições administrativas, sobretudo
em Gênova e Taranto: a do fortalecimento do "campo amplo", com a
promessa de um maior comprometimento em defesa dos trabalhadores.
É certo que, se ouvirmos um dos slogans "fortes" da campanha da CGIL -
"O voto é a sua luta" - este é um comprometimento cujos resultados
teremos que ter muito cuidado.
Basta olhar para trás, e nem por muito, para perceber o quanto esta ala
esquerda do parlamento e este sindicato estadual fizeram pelos
trabalhadores. Do pacote Treu de 1997 (governo Prodi de
centro-esquerda), que abriu caminho para a precarização do trabalho, à
Lei do Emprego e à abolição do Artigo 18 sobre demissões (governo Renzi
de centro-esquerda), para citar apenas os principais, o Partido
Democrata esteve à frente de um processo neoliberal de privatizações e
cortes que consolidou privilégios e posições de força de uma classe
política e burocrática, abandonando territórios e o mundo do trabalho
para a direita.
Com as questões do referendo, tanto a CGIL quanto a atual liderança do
PD queriam dar um sinal de reversão da tendência em relação às escolhas
anteriores, no terreno que lhes é mais adequado, o do voto em vez da
luta social, também dada a fragilidade objetiva e conflituosa de seu
órgão central de referência: apelar à base para forçar um impasse, este
é o objetivo. A coleta de assinaturas, as barracas, os comícios, tudo
serviu para tirar sua base do estado de passividade a que "suas"
escolhas a haviam confinado.
Não foi suficiente; além das frases consoladoras de Schlein e seus
colegas, a derrota política foi clara: em nenhuma grande cidade, em
nenhuma região, o quórum atingiu 50% dos eleitores. E o percentual
alcançado (30,6%) teria sido ainda mais ínfimo se os muitos que se
abstêm, por opção, em eleições políticas não tivessem participado da
votação e que, desta vez, decidiram aguardar, na expectativa de uma
derrota retumbante, que teria consequências ainda mais devastadoras para
a classe trabalhadora e para os numerosos imigrantes que vivem em nosso
país. Nesse sentido, os 65% de votos "Sim" obtidos na questão da
cidadania merecem ser destacados, pois grande parte do clima de
desconfiança que existe no país em relação à questão da imigração se
deve não apenas à direita, com Salvini na liderança, mas também às
políticas do PD e do M5S. Não nos esqueçamos do governo verde-amarelo,
assim como não nos esqueçamos do pacote Minniti-Orlando e tudo o que o
seguiu.
Mais uma vez se demonstra que a instituição do referendo, tal como foi
instituída, se produziu resultados significativos, ainda que
questionáveis, em questões de direitos civis (divórcio,
descriminalização da interrupção voluntária da gravidez) em tempos de
grandes mobilizações de rua e acirrados conflitos sociais, nos últimos
anos tem evidenciado todos os seus limites, inerentes à sua concepção
original. Ainda mais em questões trabalhistas, confiar a uma opinião
coletiva, por sua natureza interclassista, a decisão sobre questões que
são, entre outras coisas, de difícil compreensão do ponto de vista
técnico para quem não as vivencia, significa condenar-se à derrota. Foi
o caso em 1985 do referendo para revogar a lei por escala móvel, onde o
quórum foi alcançado, mas foi desastrosamente perdido, e em 2003 do
referendo contra a abolição do artigo 18, com uma participação que se
limitou a 25,5%.
Note-se que, desde 1995, nenhum referendo popular atingiu o quórum,
exceto o de 2011 sobre energia nuclear e sobre a manutenção pública da
água contra a privatização, que venceu apenas para ser frustrado por
manobras palacianas. O mesmo está acontecendo com a retomada da energia
nuclear na Itália, diante dos referendos de 2011 e, especialmente, de
1987, realizados e vencidos após o desastre de Chernobyl, na sequência
de grandes manifestações populares e ocupações das usinas então ativas
no país.
Nada de novo sob o sol. Nunca fomos promotores de nenhum referendo e, de
fato, sempre alertamos contra o uso de um meio que, mais uma vez, tem a
função de distrair a população daqueles que são os verdadeiros
instrumentos de expressão da vontade coletiva: a autogestão e a ação não
delegada. Substituir o conflito pelo voto não é apenas uma demonstração
de fraqueza em termos de luta, mas, acima de tudo, um presente ao
governo em exercício e aos empregadores.
Trata-se agora de evitar que o sentimento de vitória que permeia as
tropas governamentais se transforme num ataque ainda mais frenético às
condições de vida e de trabalho das classes populares e da população
imigrante. Cabe também a nós, os aventureiros - como fomos
frequentemente e de bom grado chamados - reparar os danos que os
aventureiros do referendo causaram. Vamos arregaçar as mangas.
Massimo Varengo
https://umanitanova.org/avventurismo-referendario-solo-la-lotta-decide/
_________________________________________
A - I n f o s Uma Agencia De Noticias
De, Por e Para Anarquistas
Send news reports to A-infos-pt mailing list
A-infos-pt@ainfos.ca
Subscribe/Unsubscribe https://ainfos.ca/mailman/listinfo/a-infos-pt
Archive http://ainfos.ca/pt
- Prev by Date:
(nl) VK, ACG: Hervormingen en reformisme: Intro op het anarchistische communisme 3 (ca, de, it, pt, tr, en) [machine vertaling]
- Next by Date:
(pt) Italy, UCADI, #198 - O Pato Polonês (ca, de, en, it, tr)[traduccion automatica]
A-Infos Information Center