|
A - I n f o s
|
|
a multi-lingual news service by, for, and about anarchists
**
News in all languages
Last 40 posts (Homepage)
Last two
weeks' posts
Our
archives of old posts
The last 100 posts, according
to language
Greek_
中文 Chinese_
Castellano_
Catalan_
Deutsch_
Nederlands_
English_
Français_
Italiano_
Polski_
Português_
Russkyi_
Suomi_
Svenska_
Türkçe_
_The.Supplement
The First Few Lines of The Last 10 posts in:
Castellano_
Deutsch_
Nederlands_
English_
Français_
Italiano_
Polski_
Português_
Russkyi_
Suomi_
Svenska_
Türkçe_
First few lines of all posts of last 24 hours |
of past 30 days |
of 2002 |
of 2003 |
of 2004 |
of 2005 |
of 2006 |
of 2007 |
of 2008 |
of 2009 |
of 2010 |
of 2011 |
of 2012 |
of 2013 |
of 2014 |
of 2015 |
of 2016 |
of 2017 |
of 2018 |
of 2019 |
of 2020 |
of 2021 |
of 2022 |
of 2023 |
of 2024 |
of 2025
Syndication Of A-Infos - including
RDF - How to Syndicate A-Infos
Subscribe to the a-infos newsgroups
(pt) Italy, FAI, Umanita Nova #22-25 - Racistas por Dentro. Remigração, Repatriação e Deportação em Massa (ca, de, en, it, tr)[traduccion automatica]
Date
Thu, 4 Sep 2025 07:29:03 +0300
No caos em que estamos imersos, composto por slogans gritados e
repetidos obsessivamente na miríade de canais de informação que,
querendo ou não, nos chegam a todos os lugares, outro neologismo vem
aparecendo no discurso público há algum tempo: remigração. O termo se
refere essencialmente ao conceito de "imigração reversa", ou seja, o
retorno de imigrantes aos seus países de origem. Dito dessa forma, se
limitássemos seu uso no campo sociológico, pareceria uma palavra
inofensiva. Na realidade, é uma palavra na qual a direita neonazista
austro-alemã vem fazendo um grande investimento político há anos, o que
vem conquistando apoio cada vez maior.
"Remigração" refere-se a uma ação política estrategicamente voltada para
a expulsão de todos os estrangeiros das fronteiras nacionais. Vale
ressaltar: este não é o discurso usual voltado para imigrantes ilegais
ou criminosos. O objetivo declarado sem cerimônia é expulsar todos
aqueles considerados estrangeiros, segundo uma lógica profundamente
racista. Um racismo que, aparentemente, não se baseia em supostas
diferenças biológicas ou na suposta superioridade de uma "raça" sobre as
outras, mas em uma incompatibilidade cultural irremediável entre grupos
humanos de diferentes origens ou procedências. Para esses novos
fascistas, existem comunidades que simplesmente não são "assimiláveis".
Não se trata apenas de documentos ou autorizações de residência. Segundo
os defensores da remigração, mesmo os filhos ou netos de imigrantes,
mesmo que nascidos e criados em um determinado país, jamais poderão ser
considerados cidadãos plenos.
É claro que mesmo os piores nazistas, quando precisam se candidatar a um
cargo, precisam adoçar as coisas. Assim, nos discursos de Martin
Sellner, o jovem líder do grupo austríaco Identitäre Bewegung
Österreichs (Movimento de Identidade Austríaco), que há muito viaja pela
Europa dando palestras e apresentando livros para disseminar suas ideias
infundadas, nunca há menção aberta a deportações ou expulsões em massa.
O que se propõe, de forma ainda mais sutil, senão assustadora, é a
promulgação de leis cada vez mais restritivas contra pessoas
indesejáveis, inclusive acompanhadas de incentivos financeiros para que
deixem o país "voluntariamente". Em outras palavras, precisamos tornar a
vida das pessoas impossível (negando-lhes direitos básicos como
trabalho, saúde, moradia, etc.) para convencê-las (e forçá-las) a sair.
Se não quiserem, recorremos à força.
Essa abordagem está ganhando cada vez mais força entre a direita
radical, na Europa e além. Em nosso país, foi a Liga, desnecessário
dizer, que primeiro abraçou e relançou o conceito de "remigração". E,
analisando mais de perto, toda a operação dos centros de repatriação
estabelecidos pelo governo italiano na Albânia pode ser corretamente
vista dentro de um quadro ideológico em que a deportação não é mais um
tabu vergonhoso. Capturar pessoas, carregá-las em um navio e
(de)portá-las para uma prisão especialmente construída fora das
fronteiras nacionais é um processo custoso, em muitos aspectos ilegal
(tanto que juízes têm repetidamente rejeitado essas operações), mas tem
um forte impacto simbólico e cultural.
Sejamos claros: durante trinta anos, na Itália e na Europa, pessoas
foram sistematicamente presas ou deportadas por não possuírem os
documentos adequados, mas o que estamos testemunhando hoje é uma mudança
marcante na abordagem política e de comunicação da direita para
gerenciar o fenômeno migratório em todo o mundo. O que está acontecendo
nos Estados Unidos é evidente para todos, e embora não devamos esquecer
que a repressão aos migrantes (nos EUA e na Europa) sempre foi realizada
por governos de todos os tipos, certamente não se pode negar que as
coisas estão piorando a cada dia.
O racismo institucional que sempre estigmatizamos e combatemos
baseava-se numa narrativa inegavelmente hipócrita, mas formalmente
ancorada no conceito de respeito às regras e à legalidade. Funciona mais
ou menos assim: quem se enquadra na linha é bem-vindo (na realidade,
isso nunca foi o caso, mas não há necessidade de voltar ao assunto aqui).
Hoje, o conceito profundamente racista e excludente de que categorias
inteiras de pessoas são inevitavelmente consideradas estranhas,
estrangeiras e extraterrestres foi definitivamente legitimado.
Este é, sem dúvida, um salto qualitativo que serve para reforçar a
desconfiança e o ódio em relação aos imigrantes na sociedade. O objetivo
é o mesmo de sempre: distrair os explorados da identificação de seus
verdadeiros inimigos e desencadear a guerra habitual e bem ensaiada
entre os pobres.
Os defensores da remigração estão obtendo muitos votos, mas inúmeras
pessoas estão indo às ruas para protestar contra eles e suas ideias
aberrantes. Isso aconteceu meses atrás na Alemanha, com grandes
manifestações antifascistas, e aconteceu há algumas semanas nos Estados
Unidos, com protestos vibrantes contra prisões e deportações. Do
exterior, chegam notícias reconfortantes sobre a capacidade das pessoas
comuns de se organizarem e resistirem aos abusos dos capangas de Trump
por meio da criação de redes e comitês de autodefesa, demonstrando que,
hoje como ontem, a arma mais poderosa contra o fascismo ainda é a
solidariedade.
Alberto La Via
https://umanitanova.org/razzisti-dentro-remigrazione-rimpatrio-e-deportazione-di-massa/
_________________________________________
A - I n f o s Uma Agencia De Noticias
De, Por e Para Anarquistas
Send news reports to A-infos-pt mailing list
A-infos-pt@ainfos.ca
Subscribe/Unsubscribe https://ainfos.ca/mailman/listinfo/a-infos-pt
Archive http://ainfos.ca/pt
- Prev by Date:
(en) Italy, UCADI #199 - Trump, the Gambler with the Unloaded Gun (ca, de, it, pt, tr)[machine translation]
- Next by Date:
(pt) Uk, ACG, Jackdaw #23 - Por que ação direta? (ca, de, en, it, tr)[traduccion automatica]
A-Infos Information Center