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(pt) Italy, FAI, Umanita Nova #17-25 - Santa Anarquia? Não, obrigado! (ca, de, en, it, tr)[traduccion automatica]
Date
Mon, 21 Jul 2025 07:36:58 +0300
Intrigado pelo título - Santa Anarquia! Demolindo a Dominação,
Incorporando a Comunidade, Amando o Estrangeiro - comprei e li o livro
de Graham Adams (Bolonha, EDB, 2025). Sinto-me compelido a
desaconselhá-lo veementemente e a alertar os camaradas para que não
cometam o mesmo duplo erro que eu cometi. Ou, pelo menos, que optem por
fazê-lo com plena consciência. O livro provou ser uma leitura
objetivamente cansativa, sobrecarregada, entre outras coisas, por um
desenvolvimento de reflexões descontínuo, fragmentário, assistemático e,
ao mesmo tempo, redundante. Cada capítulo - oito no total - abre com uma
passagem bíblica (às vezes até duas, para garantir que nada esteja
faltando). Mas todo o texto transborda de linguagem bíblica, referências
bíblicas e imagens de um catecismo ilustrado. Este é o monótono mundo
conceitual em que o autor se move, pensa e se expressa: um universo
teológico no qual a anarquia prometida no título se dissolve entre
salmos e invocações. De fato, pontuando tudo, estão 17 hinos - sim,
hinos: orações, cânticos de louvor, súplicas - todos rigorosamente
compostos pelo autor. O resultado? Um livro profundamente religioso,
teológico e bíblico. Mas muito pouco anarquista.
Nem mesmo um dos teóricos clássicos do anarquismo é mencionado: nenhum
Bakunin, Proudhon, Malatesta, Goldmann, Kropotkin, Reclus. Ninguém. Nem
mesmo Tolstói! Zero. O único a fazer uma aparição fugaz - relegado a
quatro notas de rodapé - é Jacques Ellul. As verdadeiras referências
teóricas do autor? Dois teólogos contemporâneos: seu mestre direto, o
anglicano britânico Andrew Shanks, e John Caputo, um americano de
formação católica e fundador da chamada "teologia fraca". Em suma, não
há comparação com a tradição filosófica anarquista: durante a leitura
laboriosa, tive a impressão de ter sido enganado e sequestrado, forçado
a assistir, relutantemente, a um seminário sobre teologia pós-moderna.
Nas quase trezentas páginas, não há a menor tentativa de diálogo com o
pensamento libertário. Apenas o título, infelizmente, é uma isca eficaz.
Além disso, a expressão "Santa Anarquia!", com a especificidade do ponto
de exclamação, é inspirada, como expressamente declarado pelo autor, por
Robin, assistente de Batman (na p. 19 do livro). Essas são as sólidas
referências teóricas do autor.
O autor realiza uma reformulação teológica, apropriando-se do termo
anarquia para encontrar uma linguagem melhor e refrescar a expressão
"Reino de Deus". Evidentemente, "rei", "reino", termos com uma clara
conotação de gênero e de cima para baixo, não têm muito apelo hoje,
então começamos a procurar sinônimos mais chamativos e mais chamativos.
Afinal, "a linguagem da soberania, controle e governo é completamente
inadequada", escreve Adams (p. 32).
O cerne da proposta é, essencialmente, uma reformulação da marca: fora
"Reino de Deus", e agora "Santa Anarquia!" - porque até mesmo a proposta
anterior de substituir "Reino de Deus" por "família de Deus" agora soa
um pouco como um boletim paroquial. O importante, portanto, é atualizar
a embalagem. Mas a substância permanece a mesma: ainda estamos falando
de adesão e obediência a Deus. Anarquia nada mais é. (cf. "Seja sagrada
ou santa, a questão é que a verdadeira anarquia é divina: é uma
condição, um estado de coisas ou uma realidade na qual a vontade de Deus
é feita", p. 32). Em certo momento, o autor chega a identificar a "Santa
Anarquia" com a ressurreição de Jesus (pp. 257-258).
O autor tenta então reformular a imagem de Deus, descrevendo-o como uma
divindade que age por meio de uma "fraqueza extraordinária" (capítulo
IV). Adams também tenta conciliar essa visão com o evolucionismo
darwiniano, apresentando Deus como um ser incompleto, em constante
mudança e dinâmico. Ao mesmo tempo, tenta destrinchar as diferentes
experiências - históricas e contemporâneas - nas quais o cristianismo
não foi apenas cúmplice ou colaborador, mas um componente fundamental e
ativo nas estruturas de poder, dominação e opressão (por exemplo, o
colonialismo). Como se não bastasse, no volume, o termo anarquia é, ao
mesmo tempo, frequentemente usado como sinônimo, ainda que em sentido
positivo, de desordem, incompletude, mistura, confusão e até impureza
(p. 25). No entanto, ignora o fato de que, segundo Proudhon, "anarquia é
ordem sem poder" e, para Reclus, "a ausência de governo, a anarquia, é a
expressão máxima da ordem". Mas suspeito fortemente que o autor também
ignora essas formulações, que, no entanto, representam o ABC do
pensamento anarquista.
Adams, que frequentemente se detém em detalhes biográficos e episódios
cotidianos dos quais afirma ser capaz de extrair grandes revelações
teológicas, é pastor de uma igreja cristã congregacionalista inglesa. No
livro, ele fala de solidariedade, de hospitalidade mútua, de "infância",
de proximidade empática, e insta à abertura para as experiências, a dor
e o potencial dos outros (p. 185). Ele clama por um "espaço onde as
queixas das pessoas possam ser ouvidas" (p. 182). Tudo isso é
compreensível. O problema, porém, é que ele evita completamente abordar
as soluções na prática e, especificamente, a questão da propriedade: e
da gestão dos recursos e meios de produção. Ele propõe genericamente
conceitos como "a palma da mão aberta", "a verdade em progresso", "a
escolha da fraqueza", mas nunca defende a opção clara da luta ou do
conflito. De fato, ele clama pelo amor aos inimigos (p. 242). Não é
surpreendente, portanto, que o autor, de forma coerente, mas talvez
ineficaz, se baseie na oração com a esperança de que seus desejos para o
mundo presente e futuro se realizem (p. 208).
FT
https://umanitanova.org/santa-anarchia-no-grazie/
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