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(pt) Italy, FDCA, Cantiere #28: ELEMENTOS DE CONTINUIDADE DA AÇÃO EDUCATIVA DA INFÂNCIA À IDADE ADULTA - Paola Perullo (ca, de, en, it, tr)[traduccion automatica]
Date
Thu, 3 Oct 2024 09:23:52 +0300
No livro "Emergência Educacional", "A escola numa sociedade
globalizada", Franco Frabboni, recentemente falecido, colocou o problema
da globalização, não só do lado dos mercados, mas das consequências de
um fenómeno semelhante de globalização do conhecimento, através da
propaganda de padrões de consumo cultural em todo o mundo. O resultado
disso é a formação de um pensamento único, que destrói a pluralidade e o
pensamento crítico. Para Frabboni, a escola deveria ter antídotos, para
neutralizar "o vírus" da humanidade em massa, capaz de operar um único
pensamento, uma única mente, e a pedagogia, o ensino e a escola poderiam
tornar-se as três drogas à disposição do mundo inteiro, para aniquilar o
negativo efeitos do pensamento único, fazendo prevalecer o pensamento
crítico e plural. Frabboni contribuiu para a identidade histórico-social
e pedagógico-didática da infância e de sua escola, desenvolvendo textos
que ainda são centrais para a faculdade de Ciências da Educação. A
atenção centrada no menino e na menina, nas suas características e na
sua forma de ser nos diferentes momentos de crescimento: por um lado, os
diferentes períodos ou fases são entendidos como conceitos psicológicos
dentro dos quais o sujeito é reconhecido como tendo uma gama de
necessidades e formas específicas de realização, por outro, quando nos
referimos à personalidade como uma estrutura global, que permite ao
indivíduo realizar novas tarefas evolutivas de tempos em tempos, ao
invés de um conceito de maturidade entendida como uma sucessão de
mudanças rumo a um estado limite superior, é mais conveniente adotar uma
definição de maturidade que possa ser aplicada a qualquer momento da
vida. "A pessoa madura é aquela que, seja como for que defina as
condições adultas e infantis,
A) sabe que é adulto e que não é mais criança. B) sabe e aceita que
também é criança.
C) comunica-se com a criança que tem certeza de que ela não se tornará
e/ou continuará sendo criança novamente.
Se substituirmos "adulto" por "criança mais velha" e "criança" por
"criança mais nova", esta definição de maturidade aplica-se a todos. E
em correspondência com a definição de maturidade acima mencionada, o
desenvolvimento pessoal pode então ser concebido como uma série de
diferentes amadurecimentos, alcançados com a superação de sucessivas e
diferentes crises de existência, ao longo da vida.
Que denominadores comuns da ação educativa garantem a preservação e o
fortalecimento da capacidade de pensar, imaginar, intuir, inventar? Acho
que existem elementos relativos à relação entre professores e alunos,
que são válidos em todas as idades. E isso é compreensível. O que é mais
difícil de entender é que, em qualquer escola em que se esteja atuando,
deve-se, além de ter um conhecimento sério de psicologia do
desenvolvimento, considerar a escola uma oportunidade separada da
"utilidade". Ou seja, penso que há um grande equívoco sobre a ligação
entre a escola e o mundo "real", que se passou por uma inovação e acabou
por ser uma ligação com o mercado de trabalho, com regras ditadas pelo
neoliberalismo, que também entrou na escola. Por isso, precisamos de
trabalhar para recuperar uma mentalidade que se separe do útil e crie as
condições para viver o tempo escolar, em todas as idades, com a
convicção de que o inútil (actualmente até os estudos humanísticos
correm o risco de ser considerados inúteis...) é o mais coisa
importante. As crianças devem descobrir, através do conhecimento e do
relacionamento com os professores, o que são verdadeiramente capazes, o
que as apaixonam, tornando-as conscientes do que pensam,
independentemente do trabalho que vão realizar. Se esta visão for
adotada, o que define a aprendizagem significativa para uma criança de
três a seis anos de idade pode ser estendido à faculdade. Nas Diretrizes
do Jardim de Infância de 1991 está definido que a aprendizagem escolar
deve ser construtiva-estratégica-interativa. Referindo-se às teorias
cognitivas de Piaget, Vygotsky, Bruner, Olson e Gardner, define-se:
1) que a aprendizagem tem caráter primordialmente construtivo, pois
aprender algo não significa registrar ou receber informações, mas
conectá-las às informações já existentes na memória de longo prazo.
2) A aprendizagem escolar não é apenas activa, mas também tem um
carácter estratégico: uma estratégia é essencialmente um método para
enfrentar uma tarefa ou, mais genericamente, para alcançar um objectivo.
Uma estratégia controla os processos ou funções cognitivas envolvidas na
codificação, transformação e armazenamento de informações.
3) Em terceiro lugar, a aprendizagem escolar tem um carácter interativo:
a criança ou jovem, em situação de aprendizagem, interage com um
contexto educativo, ou seja, com uma estrutura organizacional que inclui
inúmeras variáveis, espaços, tempos, metodologias, materiais e
ferramentas, atitudes, estilos e expectativas dos professores. Se
combinarmos tudo isto com a dimensão afetivo-emocional, como necessidade
humana primária, mas também como resultado de uma relação satisfatória
com o professor, penso que podemos facilmente encontrar fios comuns que
unem o trabalho dos professores de todos os níveis. Encontrar estas
ligações significa também, na minha opinião, opor-se ao actual plano
neoliberal que quer transformar o papel dos professores de acordo com
ideologias funcionais ao mercado, demolindo efectivamente o papel
histórico das escolas públicas.
Notas bibliográficas:
"Emergência educativa, escola numa sociedade globalizada" F. Frabboni.
"Ciências da educação e creches" F. Frabboni
"Psicologia do desenvolvimento, conhecer e tornar-se." Marco Battacchi e
Giuliana Giovannelli
http://alternativalibertaria.fdca.it/
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