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(pt) Brazil, OSL: Contra o imperialismo dos EUA, nossa resposta é internacionalismo e luta de classes! (ca, de, en, it, tr)[traduccion automatica]
Date
Wed, 10 Sep 2025 08:44:26 +0300
Em um forte ataque imperialista, o governo de Donald Trump anunciou uma
taxação de 50% sobre grande parte dos produtos brasileiros exportados
aos Estados Unidos, visando não somente ampliar a hegemonia das empresas
norte-americanas, como pressionar politicamente o governo brasileiro. O
"tarifaço" de 50% sofreu um "ajuste", que isentou cerca de 700 produtos
brasileiros. Essa ação, no entanto, longe de ser um mero ajuste técnico,
ou um episódio isolado de disputa comercial, se inscreve no projeto mais
amplo de dominação global das classes dominantes estadunidenses,
expressão concreta do imperialismo contemporâneo. Partindo de uma
leitura anarquista, denunciamos essa agressão dos EUA ao mesmo tempo em
que compreendemos que os interesses das classes dominantes brasileiras
estão em aproveitar este momento para aprofundar a exploração sobre a
classe trabalhadora em território nacional.
Nada de novo no front: mudam-se as táticas, mas a estratégia permanece
A taxação em questão deve ser compreendida como parte de uma longa
trajetória de imposições econômicas e políticas que buscam manter a
hegemonia dos Estados Unidos no sistema internacional. Essa hegemonia
foi consolidada após o fim da Guerra Fria, em especial a partir da
Doutrina Wolfowitz, projeto de supremacia global dos Estados Unidos, sem
espaço para negociações igualitárias com outras potências ou para a
autodeterminação dos povos, e opera de forma multifacetada, por meio da:
a) supremacia do mercado financeiro de Wall Street, b) imposição do
dólar como moeda global, c) difusão internacional do ideário neoliberal
e d) intervenção imperialista em territórios e economias periféricas. A
taxação sobre os produtos brasileiros é apenas mais uma ferramenta nessa
ofensiva econômica imperialista, que a depender das características
particulares do governo de turno ou das necessidades imediatas, mantém
sua orientação estratégica.
A medida também deve ser entendida no contexto de chantagens políticas
sistemáticas do imperialismo dos EUA. Ao mesmo tempo em que impõe
sanções comerciais, o governo estadunidense - por meio de suas redes
diplomáticas, de inteligência e empresariais - busca interferir
diretamente na conjuntura política brasileira, tentando pressionar
autoridades e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) com relação ao
julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. Isso demonstra que, além de
econômica, a ofensiva imperialista também tem caráter jurídico-político,
servindo a interesses de setores das classes dominantes locais e
estrangeiras que veem em Bolsonaro um ativo estratégico para reorganizar
a extrema-direita na América Latina. Para isso, servem-se da
subserviência de agentes políticos da família Bolsonaro e seus aliados
em território norte-americano e brasileiro.
Os interesses das "big techs" e o controle tecnológico, econômico e
ideológico
Dentro desse contexto, assistimos à atuação crescente do lobby das big
techs estadunidenses (como Google, Amazon, Meta, Microsoft, Apple), que
não apenas lucram com a extração de dados e a precarização das relações
de trabalho em escala global, mas também atuam politicamente no Brasil.
Elas influenciam legislações, moldam discursos públicos e impõem agendas
contrárias à soberania digital, ao Estado democrático de direito burguês
e à autodeterminação dos povos. A ingerência dessas corporações
tecnológicas, com apoio direto da máquina de Estado estadunidense,
representa mais uma dimensão da dominação imperialista contemporânea,
que combina controle tecnológico, militar, político, econômico e
cultural-ideológico.
De fato, o que está por trás da medida de Trump não é apenas a proteção
da indústria nacional dos EUA, mas a defesa direta dos interesses
econômicos e políticos de grupos empresariais como a Meta e o Google, a
Visa e a Mastercard, que pressionam contra qualquer tentativa de
autonomia digital, financeira ou comercial de países como o Brasil.
Além disso, tudo indica que a taxação de 50% sobre produtos brasileiros
seja também uma retaliação geopolítica e corporativa que visa, entre
outras coisas, sabotar o acordo Brasil-China para a construção de uma
ferrovia ligando o Centro-Oeste brasileiro ao porto de Chancay, no Peru,
administrado pela empresa estatal chinesa Cosco. Esse projeto reduziria
em cerca de dez dias o tempo das exportações brasileiras para a Ásia,
diminuindo a dependência da rota atlântica sob hegemonia dos EUA e,
assim, fragilizando a dominação estadunidense sobre as cadeias
logísticas e comerciais globais.
A medida também funciona como uma resposta à postura recente do governo
brasileiro, que - ao menos em discurso - vem defendendo o
multilateralismo e questionando o papel exclusivo do dólar como moeda de
referência internacional. Ainda que, no presente momento, essas
declarações venham desacompanhadas de medidas concretas e que o governo
brasileiro continue submisso às classes dominantes locais e
internacionais, o simples gesto de sugerir um mundo menos dependente dos
EUA tem gerado reações duras do imperialismo norte-americano e seus
representantes corporativos.
E o povo, onde está?
O governo brasileiro adota um discurso cosmético de "não submissão",
tentando construir a imagem de uma política externa autônoma e altiva
que seduz diferentes setores da esquerda progressista. No entanto, na
prática, segue operando dentro dos limites impostos pelas classes
dominantes nacionais e pelos acordos tácitos com os centros
imperialistas, sem qualquer diálogo ou participação dos setores
organizados da classe trabalhadora e das classes oprimidas. Essa
política é feita de cima para baixo, com base em cálculos econômicos e
interesses de grandes grupos empresariais, e não com base na
autodeterminação popular ou no protagonismo das maiorias exploradas. Não
à toa, Haddad já sinaliza incluir como moeda de troca da negociação, a
exploração norte-americana de minerais raros no Brasil, para
salvaguardar os interesses da burguesia nacional. Entre os setores
prejudicados pelas tarifas estão grandes conglomerados comandados por
bilionários brasileiros, em grande parte responsáveis pelo profundo
abismo social do país. E boa parcela dessas empresas tem ações
negociadas em bolsa, com participação de acionistas internacionais.
Reafirmamos que nosso combate ao imperialismo não se confunde com
qualquer defesa nacionalista ou de um "capitalismo soberano" brasileiro.
Ainda que a oposição de interesses ora existente entre o capital
estrangeiro e o capital nacional e a disposição do Estado em proteger os
empresários locais estejam na ordem do dia, o que será servido na mesa
de refeição ao fim será o corpo e a alma da classe trabalhadora. A
burguesia brasileira, cúmplice e beneficiária dessa dominação, jamais
representará uma alternativa real ao domínio externo. Qualquer defesa de
soberania nacional que passe por alianças com a burguesia ou não tenha o
anticapitalismo como elemento estratégico, contribuem para semear
ilusões nas classes oprimidas e desviá-las da luta de classe. As
riquezas que permanecem no país continuam sendo apropriadas por essa
mesma elite que mantém o povo na miséria, na informalidade e sob o jugo
do Estado e das políticas do neoliberalismo.
Rejeitamos, portanto, qualquer leitura que trate o imperialismo apenas
como "opressor externo" sem expor o papel ativo das classes dominantes
locais nesse processo e sua associação subordinada aos interesses
imperialistas. O que está em jogo não é apenas a soberania econômica de
um Estado-nação, mas as condições concretas de exploração e expropriação
vividas pelas classes oprimidas do Brasil e do mundo. Nossa crítica
parte da luta de classes e não do nacionalismo burguês.
Defendemos:
A denúncia do imperialismo estadunidense e o desmonte de seus
instrumentos de dominação global, como as tarifas protecionistas
arbitrárias, as bases militares, a OTAN, o FMI e outras instituições
internacionais subordinadas a seu controle.
O enfrentamento direto dos efeitos do domínio imperialista dos EUA no
Brasil, como a submissão aos interesses das transnacionais, a
financeirização da economia, o lobby das big techs e o saque sistemático
de nossos recursos naturais e a superexploração da força de trabalho.
A construção de um anti-imperialismo de base socialista e libertária,
que desconfia de alianças com blocos capitalistas concorrentes (como
China-Rússia ou BRICS) e propõe uma estratégia internacionalista de
solidariedade e luta entre as classes trabalhadoras e povos oprimidos em
todo o mundo.
A crítica à conivência do governo atual responsável atual pela gestão do
Estado brasileiro, que sob discursos moderados de "independência
nacional" continua a servir aos interesses do grande capital, sem ouvir,
consultar ou se comprometer com os setores populares e seus movimentos
organizados.
A compreensão de que a luta contra o imperialismo deve caminhar de mãos
dadas com a luta contra o capitalismo-estatismo e todas as formas de
dominação.
A solidariedade ativa e revolucionária com as classes oprimidas nos
próprios Estados Unidos, que também sofrem sob o jugo de suas classes
dominantes imperialistas. Essas trabalhadoras e trabalhadores não são
nossos inimigos, mas potenciais aliadas e aliados na construção de uma
nova ordem social baseada no poder popular autogestionário, na
solidariedade e na abolição das fronteiras de classe, nação e
propriedade privada.
Por fim, reiteramos que nossa luta não se limita à crítica de mais um
ataque do império estadunidense, mas à construção de uma alternativa
socialista, internacionalista e libertária ao sistema que o sustenta.
Nossa resposta à sanha imperialista de Trump e seus pares não será a
reivindicação por fechamento de fronteiras comerciais ou pelo
fortalecimento do Estado nacional burguês, mas a organização das classes
oprimidas em todos os cantos do mundo, rumo à demolição do imperialismo
e do capitalismo em todas as suas formas.
Pelo internacionalismo, pelo socialismo libertário, contra o
imperialismo e o capitalismo-estatismo!
Organização Socialista Libertária
Agosto de 2025
https://socialismolibertario.net/2025/08/05/contra-o-imperialismo-dos-eua-nossa-resposta-e-internacionalismo-e-luta-de-classes/
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